quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A nossa vitrine nas mídias sociais


Enquanto eu navegava pelo Facebook, uma amiga compartilhou um link de uma matéria da sessão TechTudo do portal G1. Segundo a  matéria, algumas empresas brasileiras já teriam deixado de lado o tradicional curriculum vitae e passado a utilizar como critério de seleção de candidatos a consulta do que andam publicando nos perfis das suas mídias sociais.

A notícia me deixou com uma pulga atrás da orelha. Será que já vivemos em tempos em que as redes sociais passaram a ser uma espécie de Big Brother Curricular, onde TUDO que escrevemos é observado e analisado por várias empresas?

O fato é que vivemos na era em que a privacidade praticamente está morta. Em todo lugar somos vigiados por câmeras. Tudo que acontece conosco faz parte de uma rede mundial, onde quanto mais o fato for inusitado e provocar algum tipo de reação, mais pessoas tomam conhecimento dele. Pode ser por exemplo um comentário bem humorado seu, mas se as pessoas acharam interessante, vão compartilhar.

Talvez seja o momento das pessoas monitorarem mais o que postam e o que compartilham nas redes sociais, afinal, vivemos sendo bombardeados (e dando atenção) o tempo todo por informações inúteis, e querendo ou não, que podem depor contra nós em situações como a descrita na matéria do G1. Ao mesmo tempo, é algo que particularmente me intriga e me leva a lhe jogar uma reflexão, leitor. Será que ter uma postura sempre politicamente correta nas redes não é uma forma de mascarar o ser humano que você realmente é? Ou precisamos nos fechar dentro de uma imagem montada e planejada, tendo um rígido controle sobre cada letra que escrevemos ou compartilhamos?

Pense nisso.

Danilo Moreira

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FOTO: http://aquintaonda.blogspot.com/2010/07/tse-publica-regras-para-redes-sociais.html

3 comentários:

Márcio Andrade disse...

É Danilo, eu já tinha visto a matéria antes no Jornal da Globo. O pior é pensar como as empresas estão insignificantes. Digo isso, pois acho que trabalhar é exercer a função solicitada da melhor maneira possível, indiferente ao estilo de vida que se leva. Ao tentar contratar pessoas através de um veículo de entretenimento, você acaba deflagrando um ótimo meio de negócios já que o resultado disso no futuro é ter uma rede social "cordialíssima" em que quase ninguém é realmente aquilo que mostra. Eu não quero nem saber, posso não xingar nas redes (por enquanto), mas serei eu mesmo sempre, e que "se dane" o resto! Ops! Desculpem! rs...

Sandro Ataliba disse...

Eu posso te assegurar que isso já é feito, e com mais frequência do que você imagina. Eu, por exemplo, já fui vítima das redes sociais. Quando um coordenador quis se livrar de mim - já que sou do tipo que questiona o que acredito estar errado - ele imprimiu um texto de meu blog no qual eu criticava os métodos de gerenciamento adotados na empresa e mostrou ao diretor.
A nossa privacidade é cada vez mais uma utopia.
Abraço!

Bruno Silva disse...

saudade de compartilhar essas reflexões com você, meu amigo. Por aqui as coisas estão de vento em polpa. Muito avanço. parabéns! e sempre que eu puder, apareço!

tou com mais um novo espaço:
palavrasandantes.blogspot.com
Bruno

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