quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Acontece...

Olá leitores do Ponto Três.

Peço desculpas pela demora em postar, pois estou sem tempo por causa dos trabalhos da facul e principalmente, sem internet. O tempo aos poucos me acerto com ele, já a internet... só Deus (e a Telefonica) sabem...

Enquanto isso, o Ponto Três entrará num pequeno recesso, mas em breve, voltará com mais novidades.

Até mais!
Danilo Moreira

domingo, 16 de agosto de 2009

Globo e Record: Egos Feridos


(...)

O programa Repórter Record Especial mostrou que o poder da família Marinho teve origem exatamente durante a ditadura militar, período em que, por um acordo com os generais golpistas, a emissora de Roberto Marinho conseguiu sua concessão de canal. A Constituição brasileira da época proibia associações com grupos estrangeiros, mas a TV Globo burlou a legislação vigente e se associou à rede norte-americana Time-Life, obtendo investimentos irregulares que somavam US$ 6 milhões.

(...)

Para o advogado Arthur Lavigne, que defende a IURD, são regulares e legais as operações apresentadas como graves denúncias nos ataques contra a Rede Record e contra a Igreja Universal do Reino de Deus. “Minha defesa é a mesma desde 1994, ou seja, que há absoluta regularidade com relação ao que está sendo apresentado como denúncia. E eu repito: o Supremo Tribunal Federal já decidiu concretamente sobre esse fato com o arquivamento do inquérito”, explica Lavigne.

(...)

Em nota divulgada semana passada, a IURD disse que confia na Justiça brasileira e que tem certeza que o Poder Judiciário “é isento e não se influencia por pressões de qualquer grupo, nem mesmo o de uma organização que tenta manter o monopólio da informação em prejuízo do Brasil”.

(...)

Edir Macêdo diz que a Globo quer jogar o nome da Record na lama, eles nao estão olhando para o hoje, eles estao olhando para daqui 15 anos, porque eles esão vendo que a Record esta crescendo e ameaçando o primeiro lugar da emissora.

No final da entrevista o bispo é perguntado sobre qual seria a sua ambição, e responde: "A minha ambição é colocar a Record lá em cima, esse é o meu gol, vou trabalhar para que ela assuma a primeira posição , e eu vou conseguir, pode ter certeza, e ainda diz: "Vamos arrebemtar, arrebentar", finaliza o bispo.

Fonte:http://180graus.brasilportais.com.br/geral/reporter-record-faz-denuncias-contra-globo-confira-aqui-video-233145.html

Segue mais um capítulo da troca de acusações entre as duas maiores emissoras do pais, a Tv Globo e a Tv Record, iniciada no dia 11 deste mês no Jornal Nacional, onde fora veiculado uma reportagem de dez minutos com denúncias de desvio de dinheiro da Igreja Universal para a emissora da Barra Funda e até de formação de quadrilha por parte do bispo e líder da Universal Edir Macedo. Caso você queira saber mais sobre o assunto, clique aqui.

Desde 2004, a Record vem sofisticando a sua programação através de pesados investimentos, contratação de atores e atrizes conhecidos da Globo, da aquisição de formatos de reallity shows a até então inéditos na tv brasileira como o Aprendiz, novelas cada vez mais sofisticadas, e uma meta declarada aos quatro cantos do país de que sua intenção é a de chegar na liderança.

E por vezes, foi mesmo alcançado a liderança, ainda que por alguns minutos. A ultima foi no domingo retrasado, onde o sucesso A Fazenda desbancava a nova versão de No Limite (o reallity show, ao meu ver, mais antigo da Globo, até mesmo do que o BBB). Dois dias depois, abre-se um espaço no jornal mais importante da emissora carioca com a denúncia sobre a Universal e Edir Macedo. Daí por diante, o telespectador se viu dentro de uma verdadeira guerra de egos feridos, e até então, o que se vê é a Globo cutucando a Record, e a Record cutucando e desenterrando os podres da Globo e da família Marinho.

Fica muito claro a qualquer um que ambas estão brigando pelo monopólio da comunicação no Brasil, (conforme já fora dito até pelo Wander do Café com Noticias), mas o que revolta mesmo é saber que se está chegando a um nível onde aos meus olhos, o telespectador é a última preocupação. Sim. A Globo atacando a Universal e o Macedo (que de santo, ao meu ver, não tem nada). A Record se defendendo, exaltando Macedo e a Universal, e atacando a Globo e a família Marinho (que pra mim também de santos não tem nada) muitas vezes com ar de deboche. Daí, sentado no meu sofá, eu olho e pergunto, o que é que isso acrescenta na minha vida?

A sensação que se tem ao olhar essas cenas de ataques, dá se a mesma impressão de quando vemos aqueles políticos no congresso se atacando com palavras de baixo calão embelezadas por “vossa excelência” a cada dois segundos: é tudo farinha do mesmo saco.

Convém deixar registrado que não quero julgar a Universal, o Macedo, a Globo ou qualquer personagem dessa história, mas apenas quero deixar aqui registrado a minha humilde opinião de que, as duas possuem estrutura suficiente para competirem com a sua programação, e não desenterrando podres de cada uma. Todo mundo gosta de ver um barraco, mas no fundo, gosta de ver porque sabe que isso é algo lamentável, tão lamentável, que nossa curiosidade é apenas de saber quem é que vai sair ganhando, e quem vai sair perdendo.

Aguardemos os próximos capítulos dessa história...


Danilo Moreira


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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O múltiplo faz parte de você


Se queres conhecer teu mundo
Abra os olhos para todos os horizontes
Pois enxergar um só destino
Louvar um só conceito
Abraçar o mesmo desejo
O levará para a mesma conseqüência
E punirá os seus sonhos com a cadeia da mesmice
Levante-se!
Teu corpo é uma fusão de dois corpos
Teus pensamentos são uma fusão de vários pensamentos
Tuas crenças vieram de outras crenças
Teu destino complementa outros destinos
Tua língua representa vários povos
Tua cultura é uma mistura de vários tempos
O teu eu é uma fusão de muitos eus
O teu único uma fusão de únicos
O teu ego é uma fusão de egos.
Por isso, acorde!
Porque o múltiplo faz parte de você
Assim como você fará parte do múltiplo de outras pessoas.

Danilo Moreira


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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nove e Meia - Parte II (final)


...No começo foi difícil aceitarem o nosso namoro.

- Sério? Mas por quê?

- Sei lá. Acho que é porque as pessoas não gostam de ver a felicidade do outros. Ou a querem ver do seu jeito...

- Sei bem o que quer dizer... O meu namoro no começo também foi tumultuado, mas não me arrependo não. Sou feliz ao lado dele, e é isso que importa.

- Quantos anos ele tem?

- Ah, vinte e dois anos, só um ano mais velha do que eu. E a sua?

- Ela tem vinte e um, dois anos mais nova do que eu...

E com o tempo, Rafaela e Marcelo foram embarcando dentro de um papo descontraído, contando de seus namorados, como eram, o que gostavam de fazer, situações engraçadas que já tinham vivido, momentos difíceis onde brotara a cumplicidade, e uma série de características que faziam parte de cada relacionamento, e cheio de coincidências, como locais que já haviam freqüentado, e até de alguns amigos em comum.

Algum tempo depois, Rafaela olhou em seu relógio. Já eram 21:42.

- É. Pelo jeito nossos pares têm outra coincidência: falta de pontualidade.

- Pois é. Até nisso. – concordou Marcelo. – Mas acho melhor eu ligar para ela e encontrá-la no caminho...

- Pensando bem... acho que vou fazer o mesmo. Vou ligar para ele.

- Aliás a gente falou deles, mas você não me disse o nome do seu namorado, não é?

- E nem você da sua.

- Pois é. Qual o nome dele?

Quando Rafaela ia responder o nome que havia pensado, eis que surgem duas pessoas atravessando a rua de lados diferentes. Um homem e uma mulher. Marcelo e Rafaela pararam de se falar por um momento. Ficaram de pé para recebê-los.

Mas, por um momento, olharam para o outro. Não, era mais uma coincidência, e esta, era a maior e mais surpreendente de todas.

- Ele é o seu namorado?

- Ela é a sua namorada?

- Sim. O nome dele é Bruno.

- Legal. E ela é a Renata. Não é linda?

- Maravilhosa.

E por fim, juntaram se os casais. Marcelo abraçou Bruno apertadamente, dando-lhe em seguida um longo beijo de língua. E, logo ao lado, Rafaela beijava sua amada, Renata, com uma doçura e vontade que só alguém com muita saudade da pessoa amada poderia sentir.

- Bem, nós já vamos indo. Renata, este é...

- Ah, Marcelo! Nem me apresentei.

- É mesmo...

- Ah, Bruno, está é a...

- Rafaela.

Ambos se apresentaram educadamente. Pronto. Agora era hora de ir. Rafaela e Renata iam para uma balada GLS, e Marcelo e Bruno iam pegar um cinema. Rafaela aproximou-se do rapaz, e disse:

- Como esse mundo é engraçado. Menti que era um namorado pensando que...

- É eu também fiz a mesma coisa, também pensando que você não ia gos... Mas enfim, preconceito bobo o nosso. Me desculpe.

- Imagina, eu é que peço desculpas. Obrigado por ter me feito companhia.

- Que é isso. Eu é que agradeço. Foi um prazer conhecer você e a sua namorada.

- Prazer foi todo nosso. – respondeu ela.

E por fim, todos se despediram, indo em seguida cada um para o seu rumo, enquanto senhoras carrancudas que passavam por ali comentavam como o mundo estava perdido, com tanta pouca vergonha por aí...

Danilo Moreira

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domingo, 2 de agosto de 2009

Nove e Meia - Parte I

História com duas partes

Rafaela olhou em seu relógio. Eram 20:54. Chegou cedo. Sorte que aquela praça era bem iluminada. Poderia ficar ali esperando sem receio. Após soltar um suspiro, sentou em um banco, e passou a observar o movimento.

Os minutos iam se passando e Rafaela viu em seu relógio que já eram 21:00. Ainda faltava um bom tempo. Teria que ter muita criatividade para esperar tanto...

Mas, o barulho de passos a fez desviar a sua atenção.

Caminhando tranqüilamente, Marcelo seguia para o ponto em que marcou seu encontro: o banco que ficava ao lado de um poste. Era o banco que Rafaela estava sentada. Vendo que o rapaz vinha na sua direção, a moça sentiu-se apreensiva. O que aquele homem queria com ela? Mas, Marcelo apenas fez um olá com a cabeça, e permaneceu de pé ao lado do poste. Preferiu não sentar, percebendo a apreensão da menina. Rafaela então, percebeu que o rapaz também estava esperando uma pessoa. E ambos ficaram como estavam; ela, sentada e olhando para o nada; e ele, olhando para as árvores, revezando com as olhadas no relógio. Também havia chegado cedo.

Silêncio. Como numa sala de espera de consultório, Rafaela cruzou as pernas, e começou a roer as unhas. Marcelo, com as mãos nos bolsos da jaqueta, começou a assobiar, ainda olhando o relógio do seu celular minuto a minuto.

Rafaela então, olhou para Marcelo:

- Moço, não quer sentar?

- Não não. Obrigado.

- Pelo que eu percebi você vai ficar muito tempo aí esperando em pé. Vai se cansar.

- Não vou não... eu acho...rs... Mas pode ficar.

- Senta. Tem espaço de sobra aqui no banco.

Marcelo olhou para a menina. Com um olhar simpático, ela pedia para que ele se sentasse. Ele não resistiu. Mostrou um sorriso envergonhado admitindo que ela havia vencido, e sentou-se ao seu lado, ainda que na outra ponta do banco.

- Obrigado.

- Imagina...

Outra vez, o silêncio. Minutos longos eram aqueles. Ambos olhavam para seus relógios. Cruzavam e descruzavam as pernas. Olhavam para o chão. Olhavam para as árvores. Olhavam para o movimento. Olhavam para o outro repetindo os mesmos gestos.

- Esperando a namorada?

Marcelo virou-se para ela, como se despertasse de uma espécie de transe.

- Eh... sim. Marquei com ela de se encontrar aqui às 21:30. Só que eu cheguei cedo demais...hehe... E você? Esperando o seu namorado?

- Sim, sim. Coincidência ou não, também foi marcado aqui e no mesmo horário.

- Caramba! Que coincidência, não?

- Põe coincidência nisso!

Ambos riram juntos.

- Namoram há muito tempo? – perguntou Marcelo.

- Sim, há quase dois anos. Nos conhecemos num barzinho perto da Paulista. No começo foi meio complicado porque a minha família não aceitava muito o namoro. Não gostavam dele...

- Eu sei... Também já passei por isso. Os pais da minha namorada também não me aceitavam. Ela quase foi expulsa de casa quando descobriram. A gente namora há cerca de um ano.

- Bacana. Onde você a conheceu?

- Foi numa balada na Vila Olímpia. Foi tão estranho no começo, no primeiro dia que a vi senti muita atração por ela, mas foi algo assim quase que instintivo, sabe? Nem eu imaginava que as coisas aconteceriam tão rápido como foi. No começo foi difícil aceitarem o nosso namoro.

- Nossa, mas por quê?

- Sei lá. Acho que é porque as pessoas não gostam de ver a felicidade do outros. Ou a querem ver do seu jeito...

- Sei bem o que quer dizer...

continua no próximo post...


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