quarta-feira, 29 de julho de 2009

E Aos Meus Olhos, Boa Sorte


Há coisas que não voltam mais.

Escombros que já caíram. Vidas que já se foram. Restos e fragmentos cujos odores ainda tocam a alma e fazem doer todos os nervos do meu corpo.

Murros tomados pela vida e pela morte...

Olhos cada vez mais cinzas à procura de uma luz tão bela e aconchegante como já fora outrora.

Cansaço...

Sinto acumulado várias pedras que vira e mexe navegam pelas minhas paredes, esfregando sua superfície sobre os meus nervos, me arrancando lágrimas de dor.

E ponho-me a chorar, seja em lágrimas, ou apenas na complacência do silêncio.

Um olhar baixo, para o nada, ao som de uma música triste.

Até me esvaziar...

Sei que certas dores são inúteis e merecem ficar largadas nos arquivos do passado.

Mas enquanto não me acostumar com o presente, é do passado que tirarei minhas conclusões.

Mas há o futuro...

Futuro talvez atrasado, mas que aos poucos, volta a ocupar o seu lugar... os meus olhos...

Desejo o futuro. Desejo caminhar. Desejo me libertar das cores cinzas, mesmo que as use apenas para fazer arte.

E a vida continua, mesmo que eu caminhe com lágrimas ao peito, mas nesse mesmo peito bate um coração jovem, que precisa mostrar ao mundo o que viera fazer aqui.

E aos meus olhos, boa sorte.

Danilo Moreira

São Paulo, dezembro de 2008


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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Delírio - Ódio


Era um sujeito como outro qualquer
Que tinha seus pilares no lugar
Tinha sua vida no lugar
Tinha sua mente no lugar
Tinha seus sonhos no lugar
Tinha seus traumas no lugar

Seguia linearmente a linha da sua vida
Sua vida era seguida linearmente no lugar
Corria atrás de seus sonhos
Tinha suas asas voando alto, cujo volante era comandado pela razão
Levava seus espinhos com quem carregava travesseiros nas costas

Porém, num certo dia, seus olhos abriram de maneira diferente
O excesso de cutucões no seu ego abrira fendas no escudo que o mantinha são

Entrou na sua pele
Abriu as fendas do seu lado sincero
E o fez explodir...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH

e sua linha reta entortou-se para uma outra direção...

Mato a todos que me mataram
Degolo as cabeças que pensaram contra mim

Estupro os corpos que me recusaram friamente
Humilho àqueles que
me humilharam aos risos
Arrasto na lama àqueles que
me arrastaram
Quebro os vidros daqueles que
os meus quebraram
Torço os ossos daqueles que
torceram meu ego
Esburaco à balas a carne daqueles que
se julgam imbatíveis
Depredo as mansões daqueles que
pisotearam a minha casa
Berro aos ouvidos daqueles que
gritaram nos meus
Limpo meu ego com o sangue de todos que o sujaram


E sobre sangue, medo e escombros, colocara a cabeça no travesseiro. Agora iria dormir em paz...

Porém, toda paz proporcionada pelo ódio...
é na verdade...
traiçoeira...

Mato a [todos]
Degolo [todos]
Estupro [todos]
Humilho [todos]
Arrasto [todos]
Quebro [todos]
Too [todos]
Esburaco à balas [todos]
Berro aos ouvidos [todos]
Limpo meu ego com o sangue de [todos]

Ao cair a placa ligada aos seus nervos mais vitais
Percebe-se se sua alma ficara mais suja do que todos os outros

A paz ficou com nojo dele
Bateu asas para a terra do passado
Tua alma entrara de cabeça no lago do remorso
Estava condenado a afundar em suas águas
E sentir o seu gosto amargo para sempre

Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba essa água! Afogue nessa água! Beba! Afogue! Beba! Afogue! Beba! Afogue! Beba! Afogue! Beba! Afogue! Beba! Afogue! Beba! Afogue! Beba! Afogue!

E num certo dia...
abriu os olhos para o mundo...
viu que estava sozinho...

e devendo muito mais do que poderia pagar...

Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo!
Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Devo! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague! Pague!
Pague!

E se sua mente não tiver a mínima condição necessária para ser mente,
a sinfonia dos devedores irá o acompanhar até a morte.
Até ele aprender a apertar seu Stop.
E aprender a apreciar, de fato, a melodia do perdão.

O perdão...
O habbeas corpus da alma
Cujo instrumento você terá que aprender a lidar
Se quiser continuar vivo em sua linha reta.

Danilo Moreira


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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sombra e Pureza


Certo rapaz que caminhava tranqüilamente pela estrada, passou a observar o que deixava para trás.

Não conseguiu ver muita coisa. Haviam sombras atrás dele. Sombras estranhas e que não paravam de observá-lo.

Ele fechou a mão para socar uma delas. Não consegui reagir. Algo o paralisou. Algo que uma das sombras lhe disse:

- Isso é um assalto!!!

Roubaram os seus tesouros.

Tiraram o que ele tinha de melhor.

Comeram os seus olhos que viam as paisagens.

O rapaz caiu de joelhos. Pediu a Deus que não o desamparasse. Pediu que não o deixasse cair.

Mas seu ego machucado fora mais forte.

Caíra na estrada. Arrastara-se como uma cobra. Lambera a sujeira do asfalto esburacado. Virou trampolim dos ratos.

Acabara no acostamento da vida.

Outro rapaz vinha cabisbaixo. Tinha problemas com a namorada. Mas já era algo que já estava esperando. Não estava tão abalado por isso.

O que o abalou foi o lixo humano que encontrara dormindo ali perto. Pensou em ir lá. Pensou em fugir. Tinha medo do que poderia lhe acontecer.

Mas, algo brotou de dentro de si.

Foi até onde o rapaz estava. Estendeu-lhe os ouvidos. Ouviu os desabafos. Lhe deu conselhos. Ergueu o rapaz. Ergueu o seu ego. Deu-lhe novos olhos para a vida.

E no fim, pelo menos uma vez, alguém mostrara a verdadeira pureza abafada no coração do ser humano. Pobre daqueles que achar isso demodè, porque no fundo, é o que todos andam precisando.

Em menor, ou maior escala.

Danilo Moreira

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terça-feira, 14 de julho de 2009

Um Tempo, Um Jovem e Um Dilema


Rodrigo tinha dezoito anos e meio. Já havia completado o Ensino Médio. Vivia dividindo o seu tempo entre o lazer, a procura por trabalho, e principalmente a busca por um rumo, um caminho a se seguir. Estava com dificuldades para obter essa resposta. Iria para uma biblioteca fazer uma pesquisa sobre carreiras e faculdades.

E por fim, chegou ao local. Foi direto para a prateleira dos guias de profissões. Pegou três livros. Sentou em uma mesa vazia. Começou a folhear um dos livros. Eram propagandas de diversas faculdades, prometendo te transformar em um profissional rico e consagrado. Em seguida, fuçou na parte dos testes vocacionais. Já estavam rabiscados por diversos outros jovens que também estavam no mesmo dilema que ele. Pensou em fazer aquele teste. Desistiu. Já havia feito vários, e o resultado não havia sido satisfatório.

Chegou à página onde começava a descrição das profissões. Eram várias. Muitas opções, carreiras, oportunidades, caminhos a serem seguidos. Pegou uma folha de fichário. Anotou algumas profissões de que gostou. Resolveu focar sua pesquisa somente nelas. As horas foram passando e Rodrigo acabou chegando a somente três. Teria que se decidir por uma delas. Não conseguiu. As três eram boas. As três tinham a ver com ele. Mas, escolher qual delas?

Parou. Peso. Como era difícil escolher uma profissão. Era a mesma sensação de estar caminhando num corredor silencioso e enigmático. Havia as portas. Teria que escolher uma. Porém, ao abri-la, não se via nada, apenas escuridão. Tinha que entrar em uma daquelas portas. Ele podia buscar referências, tentar acender a luz, apalpar o chão e as paredes, mas mesmo assim, ele teria que encarar o escuro, correndo o risco de se dar mal.

Será que pensar demais não era ruim? Talvez, ficaria até mais em dúvida do que antes. Mas era bom pensar, pensar mesmo, organizar-se para lá na frente não descobrir que perdera tempo e jogara dinheiro fora. Mas Rodrigo sabia que mesmo assim, muita gente acabava mudando de curso. Não adianta, tempo e dinheiro sempre se perde. Tempo ele já estava perdendo ali, parado e pensativo, e dinheiro... bem, gastos com ônibus, guias de profissões, vestibulares...

E, cansado de viver nesse dilema, Rodrigo resolveu ir embora. Ao sair de volta para a rua, olhou para o céu. Viu que a tarde estava linda. Não era hora de ir para casa. Resolveu ir para o Ibirapuera.

Chegando lá, foi para perto do lago. Olhou para o céu. O sol já estava se pondo. Resolveu esticar as pernas. Deitou-se na grama, ficando com os olhos imóveis por alguns minutos. Pensava em seus amigos. Quase todos trabalhando, estudando, correndo atrás de seus sonhos. Ligava para eles, nunca estavam. Viviam ocupados. Chamava-os para sair. Mas desistia. Não tinha dinheiro. Quando eles apareciam, vinham cheios de novidades para contar. E ele, na mesma. Sem nada. Era uma sensação incômoda de estar sendo passado para trás, mas no fundo, essa é que era a verdade. Todos iam para algum lugar e ele ficando no meio do caminho...

Olhou para seu relógio. Já era hora de ir. Mais uma tarde se encerrando, e Rodrigo encravado no mesmo dilema.

Entrou num ônibus, sentou num banco, e pôs-se a olhar o sol se pondo lá fora, e continuar no seu incansável dilema de qual caminho seguir.

Mas, mesmo com essa angústia toda, Rodrigo sabe que, um dia, mais cedo ou mais tarde, ele vai encontrar essa resposta...

São Paulo, outubro de 2006

Danilo Moreira

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domingo, 12 de julho de 2009

Algumas palavraS...


Como um amontoado de letras pode provocar e descrever tantos sentimentos? Como podem produzir as mais belas palavras proferidas pelo nosso coração? Como podem, muitas vezes, nos fazer parar por alguns momentos de nossa rotina nociva e provocar a atenção que muitas vezes não demos quando necessário a outras coisas?

Em você já vi vários seres. Um ser que ama, um ser que sofre por amor. Um ser que ama o amor. Um ser que odeia. Um ser que odeia o ódio. Um ser que não tem medo dos seus instintos. Um ser capaz de entrelaçar seus momentos, unificando-os em um só sentimento. Um ser que ama a vida, ama cerveja, ama novos ares, ama novos caminhos. Um ser que ama os amigos, que ama escrever, um ser que ama os sentimentos, que procura sempre o seu destino.

Um ser com qualidades e defeitos, cujos dogmas regem sua vida, sua mente e seu coração, ao mesmo tempo que, algumas vezes, o melhor prazer esteja viver seus dogmas ao avesso.

Sei que tudo que descrevo aqui faz parte da minha óptica obtida por tudo que já vi de você. É pouco. E você não é feito de pouco. Pelo contrário. Tenho certeza de que o disse aqui é apenas um grão de areia da bela paisagem que você compõe dentro de si.

Desejo-te sempre sucesso, pois admiro o seu desejo de viver, a sua maneira de descrever as peças que compõem a nossa alma, de olhar para o mundo como um grande território a ser ainda explorado pelos seus olhos.

E pode ter certeza, de que neste teatro louco da vida, estarei aqui para aplaudir cada degrau que for alcançar, e se necessário, mesmo que com a minha humilde maneira de lidar com as palavras, serei um dos vários braços que não deixarão você cair do palco principal.

Pois ali é o seu verdadeiro lugar. O lugar dos vencedores cujo mérito maior é dado pela sua própria essência, e pela sua humildade em saber que está sempre aqui para aprender.

E surpreender...
Danilo Moreira

Esta é uma pequena homenagem a um dos grandes parceiros que me acompanha há mais de dois anos na blogosfera, e que hoje está completando mais um ano de vida. Parabéns Rod! E sucesso sempre com seu dogMas!


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sábado, 11 de julho de 2009

12 Dogmas por 1


Olá leitor do Ponto Três.

Em virtude de seu aniversário amanhã, dia 12, o amigo Rod, do excelente blog
dogMas está promovendo uma série de 12 textos que estão sendo publicados desde o dia 01-07. São textos curtos, e com palavras escolhidas por alguns de seus amigos onde ele desenvolve o post a partir delas.

O texto de hoje é Sagrado, palavra sugerida por mim e que considero como um dos textos mais fortes que eu já o vi produzir. É claro, sem desmerecer os outros anteriores da série que também são excelentes.

Quando puder, visite o
dogMas e confira principalmente esses textos da série 12 Dogmas por 1, que eu considero como verdadeiros primores da blogosfera, já que provocam um forte impacto em quem os lê. Perfeccionista do jeito que sou com essas coisas, não digo isso á toa ou para puxar saco (rs!). É de fato, excelente.

Com certeza não é fácil publicar todo dia um post e edificá-lo a partir de uma palavra sugerida por outra pessoa. Ao amigo, a quem eu já tive o prazer de conhecer pessoalmente, meus parabéns por esse desafio, e que você continue e nos enriquecer cada vez mais com as suas palavras.

E amanhã, dia do seu aniversário, o Ponto Três também lhe fará uma homenagem.

Como diria Silvio Santos, aguardemmm...
Danilo Moreira
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terça-feira, 7 de julho de 2009

O Sentimento da Mesa Vazia


Quando era menor, me recordo de ver algumas produções onde se mostrava uma cena curiosa, para não dizer, triste. A novela “Éramos Seis” (SBT – 1994 – talvez a única novela produzida na emissora que deu certo), mostrava a família Lemos ao longo de duas décadas (1921 a 1942). Lá pela terceira fase, a protagonista Lola (Irene Ravache), já viúva e com todos os filhos crescidos e casados, além do mais velho já falecido, observa a mesa onde a família se reunia agora vazia. Foram-se as pessoas, ficaram-se as lembranças.

É o que eu chamo de “o sentimento da mesa vazia”.

Quem em algum momento da sua vida já não pensou em como certas coisas mudaram, como pessoas que antes frequentavam nossas vidas hoje não estão mais próximas? E de repente, aquele vazio nostálgico vai tomando conta de si...

Com a morte do Michael Jackson, me deparei hoje pensando nisso. MJ marcou a minha infância, assim como o Golias, o Rony Rios (que fazia a velha surda de A Praça é Nossa), entre tantos outros artistas que já morreram. E, mais perto, uma tia querida que vivia em casa, alguns vizinhos que marcavam presença nas festas da rua, amigos que foram pro mau caminho e não voltaram mais... todos já se foram. Entre os vivos, alguns vizinhos e amigos que eu passava quase 24 horas junto, e hoje, ou se mudaram, ou quando nos encontramos nos olhamos como estranhos (isso se alguns olham). Idéias que não batem mais. Amigos inseparáveis que hoje não se falam mais. Pessoas lindas que viraram relaxo. Pessoas sadias que hoje vegetam. Casas que não existem mais. Ruas que mudaram de cara. Turmas que não existem mais. Festas que não existem mais, ou porque não há mais os anfitriões, ou não há mais clima para isso. Um bairro que eu amava e conhecia bem, e hoje, não o conheço e nem faço mais questão de conhecer.

É claro que eu com 23 anos ainda sou jovem demais para fazer essas reflexões como um idoso como a Lola. Longe disso. Ainda há muitas pessoas que conheço há tempos e que ainda fazem parte do meu dia-a-dia, mesmo com uma freqüência diferente. E ainda me considero um ser em uma fase de busca de novos ares.

Mas, de fato, é estranho quando você percebe que algumas pessoas já se foram e que muitas coisas não são mais como antes, por mais que isso seja um processo normal. A dor da mudança é algo tão certo quanto a própria mudança, e por mais que lhe dêem conselhos do tipo “a vida é assim mesmo”, paira sempre no ar, e isso será gritante em algum momento, o sentimento de que perdeu-se alguma coisa, e que muitas vezes (como no mundo artístico), não será a mesma coisa. Ainda mais num tempo onde tudo é mais descartável.

Agora, de fato, não se pode enxergar a vida como uma constante onda de perdas, mas também, como uma importante onda de ganhos.

Danilo Moreira

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domingo, 5 de julho de 2009

A Dança


A noite provoca os seus sentidos
O silêncio o faz desprender-se do pudor
Teu quarto torna-se o palco da explosão de desejos
Em seu corpo manifesta-se o pecado
Suas mãos o convidam para dançar
Sua essência respira a juventude
Sua imaginação cria asas
Mulheres nadam em quadro livre pelos seus olhos
Cores e sabores provocam o seu corpo
As mãos começam a repetida dança
Que o faz rugir em suspiros exaltados

A dança, que o faz flutuar em seu instinto
A dança, que o faz esquecer-se do que é proibido
A dança, que o provoca com o movimento
A dança, que se ajeita na calada do momento

Seu rosto envergonha-se de si mesmo
Com base na moral hipócrita a regar tua sociedade imoral
Teu corpo permanece esparramado
Teus instintos desabrocham-se sem pedir autorização
A dança que o faz mexer-se por completo
Provoca-lhe sentimentos multiplicados
Pois toda dança que é feita com prazer
Por mais que faça o seu corpo tremer
Terá como satisfação o seu grande final.

Danilo Moreira

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Aquecer


Hei de sentir este frio até quando?
Se encontrei as luzes que agora iluminam a estrada?
Serão as chuvas e trovoadas que rondam o meu corpo?
Serão os vários dedos a cutucarem as feridas que me incomodam?
Serão os pensamentos que me arrastam para os bueiros do pessimismo?
Serão as imagens passadas a rasgarem minha memória sem dó nem piedade?

Estou procurando me aquecer.
Mesmo meus olhos vendo um mundo tão cinza e degradado por goteiras de umidade,
Que respingam na minha pele provocando incômodo e resgatando dores passadas.

Pouco importa.
Mesmo embaixo do frio, procurarei me aquecer.


Danilo Moreira


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